TRATAMENTO
DO RESÍDUO DE CHUMBO GERADO NOS LABORATÓRIOS DE QUÍMICA EDUCACIONAIS
Alan Mendes, Cássia Aparecida, Grace Lima, Luciene
Rodrigues, Tânia Borges
Orientador: Profa. Rebeca Piumbato Chaparro
FACULDADES
OSWALDO CRUZ
Bacharelado
e Licenciatura em Química
RESUMO:
Em
busca de metodologias de preservação ambiental as instituições desenvolveram
estratégias para minimizar danos ambientais devido as substâncias químicas
utilizados nas aulas de laboratório. Os componentes são separados por métodos
analíticos qualitativos para identificar as substâncias presentes conforme o
método apresentado neste trabalho, sendo assim podem ser classificados e
posteriormente são encaminhados para empresas especializadas.
PALAVRAS-CHAVE: educação ambiental, resíduos químicos,
tratamento, chumbo.
1 INTRODUÇÃO
Em relação aos resíduos químicos de um
modo geral, as indústrias são as maiores geradoras em termos de volume e
periculosidade. Entretanto, é inegável que a geração de resíduos não é
exclusividade das indústrias, uma vez que em laboratórios de universidades,
escolas e institutos de pesquisa também são gerados resíduos de elevada
diversidade e volume reduzido, mas que podem representar 1% do total dos
resíduos perigosos (TAVARES; BENDASSOLI, 2005).
Dentre
diferentes materiais e substâncias manuseados em aulas de Química,
encontram-se aqueles utilizados em aulas experimentais, que possuem caráter
tóxico e de enorme dano ao ambiente, não devem ser descartados em lixo comum ou
em redes de esgoto. Por isso, os resíduos devem ser recuperados para
reutilização e os rejeitos descartados de forma adequada.
Dentro desse
contexto, este trabalho tem como objetivo relatar como é realizado o
reaproveitamento dos resíduos de chumbo e o gerenciamento deste para o descarte
apropriado.
2 METODOLOGIA
O procedimento
adotado neste artigo foi realizado por José Cleiton Sousa dos Santos e Ana
Paula Aquino Benigno da Universidade Federal do Ceará.
2.1 Tratamento do Pb2+com Hidróxido de
Sódio
Os resíduos contendo íons chumbo (Pb2+)
após serem coletados são submetidos a um teste de identificação na solução
residual. Em uma alíquota de solução, é acrescentado 1 gota de CH3COOH
6 mol L-1 e algumas gotas de K2CrO4,
observa-se a formação de um precipitado amarelo de PbCrO4 (conforme
equação 1 abaixo), caracterizando a presença de chumbo, assim como mostra a equação
1. Em prosseguimento à análise adiciona-se uma solução de NaOH 3
mol.L-1 na solução residual, que promove-se a formação de um
precipitado branco de Pb(OH)2 (conforme equação 2 abaixo). O
precipitado em seguida, é filtrado em papel de filtro, seco ao ar livre e
armazenado.
Pb2+
+ CrO4 → PbCrO4
(Equação 1)
Pb2+
+ 2OH- → Pb(OH)2
(Equação 2)
Na solução
resultante foi verificada a presença de chumbo repetindo-se o teste anterior.
Esse procedimento teve como finalidade à confirmação da completa precipitação
dos íons Pb2+. Em seguida, a solução livre de chumbo foi
neutralizada e descartada na pia. O resíduo de Pb(OH)2 tratado foi
armazenado para uma futura aplicação.
O NaOH e o NH4OH
são reagentes bastante empregados experimentalmente e causam menores efeitos
ambientais, tendo sido utilizados no tratamento dos resíduos contendo Pb2+.
Quando os resíduos químicos não puderem ser tratados no laboratório de origem,
devem ser armazenados temporariamente em abrigos, até que sejam retirados por
uma empresa especializada, de modo que suas características e suas quantidades
não se alterem. (ABNT, 2011).
3 CONCLUSÃO
O tratamento que
foi empregado neste artigo é um método simples e facilmente aplicável.
As aulas que
ocorrem, nos laboratórios químicos geram resíduos que podem oferecer riscos ao
meio ambiente ou à saúde. Um meio apropriado à disposição dos resíduos gerados
é a aplicação de tratamentos, uma vez que, quando devidamente tratados e
recuperados, esses produtos podem se transformar em matéria-prima para outras
atividades, diminuindo assim as emissões de agentes poluentes.
4 REFERÊNCIAS
ABNT: Associação
Brasileira de Normas Técnicas. NBR 16.725: Resíduo
químico — Informações sobre segurança, saúde e meio ambiente — Ficha com
dados de segurança de resíduos químicos (FDSR) e rotulagem. Rio de Janeiro,
2011.
Ferreira, R. D. G.; Rodrigues, C. M. O. O Lixo Eletrônico no Brasil. SBC Horizontes, ago/2010
MACÊDO, Jorge
Antônio Barros de. Introdução a Química
Ambiental, Minas Gerais: CRQ-MG, 2006.1028p
TAVARES, G.A.;
BENDASSOLLI, J.A. Implantação de um programa de gerenciamento de resíduos
químicos e águas servidas nos laboratórios de Ensino e Pesquisa no CENA/USP.
Quím. Nova, v.28, p.732
-738, 2005.
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