DETERMINAÇÃO
DE FLÚOR, CÁLCIO, ZINCO E CHUMBO EM ÁGUA DE HEMODIÁLISE
Carolina Simião; Matheus Barreto; Natally Monteiro; Victoria Bortoloti
Orientador: Profa. Rebeca Piumbato Chaparro
FACULDADES
OSWALDO CRUZ
Bacharelado
e Licenciatura em Química
RESUMO:
Objetivou-se estudar, através de métodos analíticos qualitativos, a
determinação de contaminantes presentes
na água utilizada na preparação do dialisato, como: flúor, cálcio, zinco e
chumbo. O diasalato é uma membrana permeável, usada em hemodiálise. Esta
análise é importante para evitar danos à saúde de pacientes submetidos ao
tratamento de hemodiálise.
PALAVRAS-CHAVE:
Cálcio; chumbo; flúor; hemodiálise; zinco.
1 INTRODUÇÃO
Os rins são órgãos
extremamente importantes para o corpo humano, mas também os únicos que podem
ser substituídos por máquinas. Além de filtrar o sangue, eliminando substâncias
nocivas para o organismo, o rim é responsável pela manutenção do equilíbrio de
eletrólitos, regulação do pH sanguíneo e pela síntese de hormônios. Quando esse
órgão não exerce sua função corretamente, uma alternativa ao transplante é a
hemodiálise.
A hemodiálise funciona
como um rim artificial, onde o paciente é submetido a uma cirurgia para que uma
de suas veias seja ligada a uma artéria, que é então ligada a uma máquina que
puxa o sangue através de uma bomba ligada a um filtro, que possui uma membrana
permeável,o dialisato, que retira as toxinas e substâncias em excesso, e
devolve o sangue limpo ao paciente.
Na a preparação do
dialisato, a água usada deve ter qualidade garantida, e ser livre de
componentes inorgânicos como flúor, cálcio, zinco e chumbo, que em excesso
podem prejudicar o organismo.
O objetivo deste trabalho
é apresentar alguns dos contaminantes, que devem ser totalmente extraídos, presentes
na água e identifica-los, para que a água utilizada no dialisatosejalivre de
riscos ao paciente.
2
CONTAMINANTES
2.1 FLÚOR
O
flúor em quantidades excessivas no organismo é excretado pelo sistema renal, o
que não ocorre em pacientes de hemodiálise, causando a intoxicação crônica, que
pode causar danos aos ossos e aos dentes, como manchas no esmalte dentário.
Para identificarmos esse elemento,
podemos usar uma solução de cloreto de cálcio, que, reagindo com íons fluoreto,
formará o fluoreto de cálcio, um precipitado branco, viscoso, conforme a equação
1:
2F-(aq) + Ca2+(aq) → CaF2(s) (equação 1)
2.2 CÁLCIO
Apesar de sua extrema importância para
os ossos, o excesso de cálcio pode causar cefaleias, convulsões, aumento da
pressão arterial e, em casos mais graves, osteopatia severa, podendo levar à
calcificação metastática.
Para identificar-se o cálcio, é possível
reagi-lo com oxalato de amônio ((NH4)2C2O4),
que formará um precipitado branco, o oxalato de cálcio (CaC2O4),
conforme a equação 2, que é insolúvel em água e em ácido acético.
Ca2+(aq) +(NH4)2C2O4(aq)
→ CaC2O4(s) (equação 2)
Outra maneira é usar uma solução de
hexacianoferrato (II) de potássio, que quando junto ao cálcio, se precipitará
na cor branca, segundo a equação 3:
Ca2+(aq)
+ 2 K+(aq) + [Fe(CN)6]4-(aq) →
K2Ca[Fe(CN)6](s)(equação 3)
2.3
ZINCO
O alto nível de zinco está ligado à
imunossupressão (redução da atividade ou eficiência do sistema imunológico),
pela redução da estimulação de linfócitos e da atividade quimiotáxica e
fagocítica de neutrófilos.
É possível ser identificado pela reação
com solução de hidróxido de sódio (NaOH), que forma um precipitado branco e
gelatinoso, o hidróxido de zinco (Zn(OH)2), de acordo com a equação
4.
Zn2+ (aq) + 2
OH-(aq) → Zn(OH)2(s) (equação 4)
Também é possível reagi-lo com sulfeto
de amônio, formando um precipitado branco, parcialmente coloidal, conforme a
equação 5.
Zn2+(aq) + S2- (aq)
→ ZnS(s) (equação 5)
2.4
CHUMBO
Assim como os outros, o chumbo, quando
em excesso, é prejudicial à saúde, ocasionando anemia hipocrônica, desordens
neuromusculares e encefalopatia induzida por chumbo, que pode evoluir até o
coma ou a morte.
Na identificação do chumbo, adiciona-se
iodeto de potássio (KI), que forma um precipitado amarelo, o iodeto de chumbo(PbI2),
segundo a equação 6.
Pb2+(aq) + 2 I-(aq)
→ PbI2(s) (equação 6)
Outro
jeito é reagindo o chumbo com ácido clorídrico diluído, formando um precipitado
branco, de acordo com a equação 7:
Pb2+(aq)
+ 2 Cl-(aq) → PbCl2(s) (equação 7)
3 CONCLUSÃO
Neste trabalho foi apresentado e
analisado como são identificados, na água utilizada no dialisato, alguns contaminantes
que são prejudiciais à saúde do paciente e como devem ser totalmente
eliminados.
Rim.
Disponível em <http://drauziovarella.com.br/corpo-humano/rim/> Acesso em
24 de setembro de 2015.
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Disponível em
<http://www.cadernos.iesc.ufrj.br/cadernos/images/csc/2009_3/artigos/Artigo_8.pdf>
Acesso em 20 de setembro de 2015.
VOGEL, A. Química Analítica Qualitativa. 5ª
edição. São Paulo. Mestre Jou, 1981.
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