quarta-feira, 25 de novembro de 2015

CÁLCULO ESTEQUIOMÉTRICO DA OBTENÇÃO DO ALUMÍNIO A PARTIR DA EXTRAÇÃO DA BAUXITA

Alex Marques; Anderson Demori; Gabriel Augusto Dias; Jéssica Gama;
 Leonardo Gonçalves
Orientador: Profa. Rebeca Piumbato Chaparro

FACULDADES OSWALDO CRUZ
Bacharelado em Química

RESUMO: Este trabalho teve como objetivo estudar a extração da bauxita para obtenção de alumínio, mostrar as partes do processo, demonstrando as reações e o cálculo estequiométrico, detalhando a extração e o processo de formação do alumínio.
PALAVRAS-CHAVES: bauxita; cálculo estequiométrico; alumínio

1 INTRODUÇÃO
O Alumínio é o metal não ferroso mais produzido no Brasil e está fortemente presente em nossas vidas. Seja no automóvel, nos cabos e fiações, nos eletrodomésticos, embalagens de leite ou até mesmo nossa pasta de dente, o alumínio tornou-se indispensável para a vida humana. Com a crescente demanda nos últimos anos, graças principalmente ao avanço tecnológico, pesquisas e desenvolvimento de novas propriedades mecânicas e estruturais, houve a necessidade de aperfeiçoar as técnicas de produção, aumentando a quantidade de produto fabricado. Neste contexto, o Processo Bayer tornou-se economicamente viável perante antigos métodos de produção de alumínio metálico, sendo hoje a base deste produto.  
Em vista disso, este trabalho visa expor este método, abrangendo dados históricos e processuais, desde a extração do minério até a obtenção do produto final por ele gerado.



2  EXTRAÇÃO DA BAUXITA
No processo Bayer, a bauxita é lavada com uma solução quente de hidróxido de sódio, NaOH, a 175°C. Isto converte a bauxita em hidróxido de alumínio, Al(OH)3, que se dissolve na solução de acordo com a equação química:
Al2O3+ 2 OH- + 3 H2O → 2 [Al(OH)4]-
Os outros componentes da bauxita não se dissolvem e podem ser filtrados como impurezas sólidas. Após purificação da solução é adicionado hidróxido de sódio em granulometrias médias para atuar como catalisador da reação, pois a reação ocorre espontaneamente, porém é lenta, e também para controlar o tamanho dos cristais que não podem ser pequenos, fazendo com que o aluminato retorne a alumina e o NaOH contido no aluminato seja retirado e volte ao processo de lixiviação no inicio, sendo reaproveitando.
2.1  AGLOMERAÇÃO
O licor rico em Al(OH)4-, chamado PGL ou Licor Rico (Processo Bayer ), é submetido a diversos processos de redução de temperatura, através de “flashing” e trocadores de calor, para que haja decantação nas próximas etapas. Tal resfriamento é necessário para evitar a ebulição, portanto o licor sai dos trocadores de calor a uma temperatura de aproximadamente 102 °C. Então, com a temperatura controlada, são adicionadas as “sementes”, partículas finas de hidróxido de alumínio (Al(OH)3) obtidas dos ciclones de produto, com o intuito de iniciar o processo de cristalização dos íons aluminato do licor. A aglomeração é o estágio em que se formam os primeiros cristais precipitados de hidróxido de alumínio, que vão crescer na próxima etapa.
2.2  CRESCIMENTO
Na etapa de crescimento, continua o processo de precipitação de hidróxido. Porém, já existe bastante particulado com granulometria mais elevada, portanto há a necessidade de introduzir sementes maiores do que na aglomeração.
2.3 CALCINAÇÃO
Na última etapa do processo, o hidróxido de alumínio é levado por esteiras até o forno de calcinação. Nesse estágio, o hidrato é submetido a temperaturas próximas a 1000°C. O objetivo desse tratamento térmico é evaporar a água do hidrato, gerando alumina sem umidade, segundo a reação.
 2Al(OH)3 ↔ Al2O3 + 3H2O
3  REDUÇÃO ELETROLITICA
Para que se obtenha o alumínio em forma metálica é necessário ainda um processo de refinamento em uma cuba eletrolítica. São necessárias três matérias-primas para se produzir o alumínio: óxido de alumínio, eletricidade e carbono. Numa cuba, a eletricidade circula entre um polo negativo (catodo) e um polo positivo (anodo), ambos feitos de carbono. O anodo reage com o oxigênio da alumina e forma gás carbônico (CO2).A reação da redução do Al2O3
para alumínio metálico é descrita abaixo:
                                          2 Al2O3 + 3C è  4Al + 3CO2
                                                                 2 x 102 g             4 mol
                                          45,0 g                  0,49 mol (1 latinha)

 Para 1.000 latinhas: 1000 x 55,33 g = 55, 53 kg
Se a quantidade média de alumina na bauxita é de 45% em massa e cada latinha consome 0,49 mol de alumínio, então a massa de bauxita a ser retirada do ambiente para produzir 1.000 latinhas é aproximadamente de 55, 53 kg.

4 CONCLUSÃO
O processo Bayer é um método que, embora economicamente viável, é agressivo ao meio ambiente. Seu uso nos dias atuais exige manipulações de resíduos, esse trabalho demonstra a importância dos cálculos estequiométricos tanto para a extração até a obtenção de uma lata de alumínio como demonstrado acima.
5 REFERÊNCIAS



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