A ESTEQUIOMETRIA
NO USO DE PROPANO EM CALDEIRAS
FLAMOTUBULARES
Augusto Correia; Barbara Isis; Bruna Silva; Ellen C. Marques; Leticia Herrerias
Augusto Correia; Barbara Isis; Bruna Silva; Ellen C. Marques; Leticia Herrerias
Orientador:
Profa. Rebeca Piumbato Chaparro
FACULDADES
OSWALDO CRUZ
Bacharelado
e Licenciatura em Química
RESUMO: As caldeiras são utilizadas em larga escala na indústria,
visando maximizar os lucros das empresas e evitar desperdícios. Elas transformam energia química
em energia térmica, através da queima de combustíveis, minimizando o uso de
energia elétrica. O monitoramento de tais processos deve ser constante, a fim
de garantir a eficiência os cálculos estequiométricos são imprescindíveis. O
presente trabalho objetiva demonstrar matematicamente o uso da estequiometria
em uma caldeira flamotubular, que possui fornalhas alimentadas por queima de
propano. Este combustível pode ser calculado através de
proporções estequiométricas para o melhor rendimento do processo.
PALAVRAS-CHAVE: Estequiometria;
Caldeira; Fornalha; Propano; Indústria.
1 INTRODUÇÃO
Caldeiras
são equipamentos industriais que utilizam reações de combustão para produzir energia; energia que será utilizada para o abastecimento de
máquinas térmicas. Dentre os diferentes tipos de caldeiras, destaca-se por sua
popularidade industrial as caldeiras flamotubulares.
O
objetivo deste trabalho é demonstrar estudos realizados sobre a importância do
processo estequiométrico na combustão do propano utilizado em caldeiras.
2 A ESTEQUIOMETRIA DO PROCESSO
As
caldeiras flamotubulares são grandes fornalhas metálicas, que usam a combustão do
propano para gerar gases quentes. Tais gases, quando transportados pelos tubos,
presentes no interior da fornalha, aquecem a água que esta à volta deles, até
que ela entra em ebulição e vaporize. Esse procedimento gera uma alta
quantidade de calor que é destinada a maquinas térmicas, conforme a Figura 1:
Fig.1 - Modelo de caldeira flamotubular
A
quantidade de propano utilizada durante o processo é de grande importância, já
que o processo visa obter uma quantidade significativa de energia gerada à
partir do calor gerado na combustão do mesmo.
Para obter o máximo de seu potencial energético,
sâo realizados os cálculos estequiométricos, afim de averiguar a proporção
correta para uma reação completa da queima do propano, seguindo a Equação 1,
teremos as proporções ideais do processo:
C3H8 + 5O2 → 3CO2 + 4H2O ΔH°= -488,4 Kcal/mol Equa.1
C3H8 + 5O2 → 3CO2 + 4H2O ΔH°= -488,4 Kcal/mol Equa.1
Sabendo
que uma caldeira trabalha com cerca de 1.000kgv/h de água e que o calor
especifico da água é de 1cal/g°C, podemos efetuar os cálculos que demonstram
matematicamente a obtenção de energia necessária para as caldeiras cumprirem
sua função.
1 cal é a
quantidade de calor necessária para aquecer 1g de água em 1°C; sendo assim,
podemos dizer que:
= M Onde
Cal: Calor Específico (Kcal/mol)
∆T: Variação de tempo (h)
∆T: Variação de tempo (h)
M: Massa (g)
Logo, se usarmos os valores obtidos na equação 2, admitindo a água como estando em temperatura ambiente, teremos:
M = => M = 6,5 × 103 g de H2O
aquecida por mol de C3H8
Evidenciando a importância do
cálculo estequiométrico, mostramos a seguir na Equação 3, o cálculo feito a
partir da queima incompleta do combustível, e portanto, produzindo menor
quantidade de energia.
C3H8 + 5O2 → 3CO + 4H2O ΔH°= - 285,45 Kcal/mol
Equa. 3
M
= => M = 3,8 × 103 g de H2O
aquecida por um mol de C3H8
A
comparação feita a seguir entre os valores obtidos na produção feita a partir
da combustão completa e incompleta possibilita visualizar claramente os
impactos negativos que a ausência do cálculo estequiométrico causaria no
processo.
Sabemos
que 1 mol de propano reagindo completamente aquece 6.500g de água, por tanto;
1 mol de C3H8 ---------- 6,5 × 103 g de água
x mol de C3H8 1,0 × 106 de água
x mol de C3H8 1,0 × 106 de água
Com a combustão incompleta, 1 mol
de propano consegue aquecer apenas
3,8 × 103 g de água, por tanto:
3,8 × 103 g de água, por tanto:
1 mol de C3H8 ---------- 3,8 × 103 g de água
x mol de C3H8 1,0 × 106 de água
x = 2,63 ×102 mols de C3H8
Analisando os valores obtidos,
nota-se a diferença, em mols de propano usados entre a reação de combustão completa
e incompleta; sendo na incompleta necessário 1,09 × 102 mols de
propano a mais para aquecer a mesma quantidade de água, o que acaba resultando
também numa diminuição de
-202,95Kcal/mol na produção de energia.
3 CONCLUSÃO
3 CONCLUSÃO
Este trabalho prova a partir de
cálculos estequiométricos que a reação
completa, apresenta um maior rendimento em relação a incompleta, por ser capaz
de produzir uma quantidade de energia nitidamente maior, o resultado esperado
industrialmente. Evidenciando assim a importância do controle nos processos de
combustão em caldeiras industriais.
O erro em cálculos em qualquer
etapa de produção resultam em desperdício de material, maior emissão de
poluentes, prejuízo financeiro para industria, e até mesmo acidentes; por
tanto, tais cálculos devem ser efetuados de forma precisa.
4 REFERÊNCIAS
Aula de Caldeira. Disponível
em:<ftp://ftp.demec.ufpr.br/disciplinas/EngMec_NOTURNO/TM364/Material%20de%2
0Aula/Aula%20de%20caldeiras.pdf>.
Acesso em: 07 set. 2015
DOURADO,G. Eficiência energética em sistema de combustão de caldeira. Disponível
em:
<http://www.pei.ufba.br/novo/uploads/biblioteca/TFC%20-
%20ANDERSON%20DOURADO%20SALUM.pdf>.
Acesso em: 08 set. 2015
Caldeiras para vapor. Disponível em:<http://www.ebah.com.br/content/ABAAAe0VAAF/caldeiras-apostila>. Acesso em:9 set. 2015
Combustão e energia. Disponível em: <http://www.usp.br/qambiental/combustao_energia.html>. Acesso em: 10 set. 2015
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